quinta-feira, 15 de abril de 2010

O corpo

O meu corpo a cada dia que passa pesa menos e a cada dia que passa pesa mais.
Pesa menos pelos quilos mostrados pela balança e pelas roupas que a cada dia se tornam mais espaçosas.
E pesa mais pela força que cada vez mais exige de mim para conseguir mantê-lo em pé.
Mas como conseguir tal façanha se o alimento só entra pela minha boca depois e muito esforço e causa tamanha repugna que meu estomago não consegue sequer imaginar mantê-lo ali?
E dessa forma como conseguir forças para levantar novamente dessa cama e enfrentar o novo dia que está por vir?
E essa febre que insiste em me acompanhar, que não é febre de resfriado, é mais profunda que isso. É uma febre de um coração partido, rejeitado, que insiste em me lembrar da dor sentida. E como dói.
E eu me entrego. Frágil, vulnerável, inteira aos meus aflitos, meus desejos, minha dor.
Tudo isso pq metade de mim é amor (despedaçado, destruído) e a outra metade também.
E como Renato Russo já dizia:
E essa febre que não passa
E o meu sorriso sem graça
Não me dê atenção
Mas obrigado por pensar em mim.

Um comentário:

Unknown disse...

Me deixa um e-mail seu q eu preciso te passar umas coisas